Dívida acumulada em Bastos já ultrapassou de US$ 1 milhão
04/06/2019
José Claudio Caldeira, presidente da associação comercial de Bastos, faz o alerta contra a inadimplência
Dados monitorados pelo Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) da Associação Comercial e Industrial (ACI) de Bastos, mostram que a dívida acumulada nos últimos cinco anos, no varejo bastence, já ultrapassou em R$ 1.004.320,47, registrados no mês de março deste ano, sendo o valor mais elevado nos últimos cinco meses de 2019. “Somente no mês de maio foram registrados R$987.233,88 de dívidas”, disse o presidente da entidade, José Cláudio Caldeira, ao se surpreender com a manutenção dos R$ 900 mil em média ao mês, sempre próximo de um milhão de reais. “Isso quer dizer que esse dinheiro todo deixa de circular entre as lojas da cidade”, lamentou o dirigente em tom de preocupação, afinal, essa quantia poderia ser destinada para mais investimentos em pessoal, mercadoria ou até em ampliação da loja. “É preciso desenvolver um sistema que venha a diminuir essa inadimplência acumulada de cinco anos”, defendeu o presidente da associação comercial local.
Na opinião de José Claudio Caldeira o lojista precisa se proteger mais, consultando o banco de dados do SCPC da Acib, para evitar vender para consumidores de elevado risco de inadimplência. “Quanto mais informações o comerciante tiver do cliente, menores serão as chances de inadimplência”, acredita o dirigente de Bastos que defende a utilização dos dados do SCPC para se evitar vender pelo crediário para consumidores suspeitos, através de cheques roubados, furtados ou adulterados, ou cliente com poder de pagamento fragilizado. “Hoje, através do SCPC da Acib, é possível ter uma análise profunda do potencial de pagamento do cliente”, garante José Claudio Caldeira ao sugerir para que toda venda pelo crediário, a consulta ao SCPC da associação comercial de Bastos, que é nacionalizado, seja feita através da Rede da Boa Vista SCPC que atinge todo o território nacional. “Uma vez em débito no comércio de Bastos, o cliente fica com restrição em qualquer loja do País”, avisou. “E vice versa”, completou.
Da quantia de R$ 987.233,88 assinalados em maio, a segunda maior do ano, o valor corresponde a 1.835 dívidas cadastradas entre as lojas da cidade de Bastos, num universo de 1.431 devedores. “Isso quer dizer que existem devedores com mais de uma dívida registrada”, concluiu a gerente administrativa da ACI de Bastos, Alessandra de Oliveira Segura Pereira, ao observar os dados apresentados pelo Serviço Central de Proteção ao Crédito local. “É possível diminuir esse valor e essa quantidade de dívidas e devedores”, garante José Claudio Caldeira ao retomar a ideia de se ter o máximo de informações, referências e dados do cliente, antes da concessão do crédito. “É preciso conhecer bem o cliente e ter critérios para liberar o crediário e tomar muito cuidado para a inadimplência não corroer a vida financeira da empresa e obrigar o comerciante a fechar a loja”, comentou o dirigente de Bastos.
As dívidas existentes em maio correspondem a 745 mulheres, diante dos 481 homens (186 não informaram o sexo), principalmente na faixa etária dos 36 a 53 anos de idade com 1.088 registros. “Daí a importância de se registrar os débitos existentes, para que tenhamos um perfil do inadimplente de Bastos”, disse Alessandra de Oliveira Segura Pereira que também orienta os comerciantes a sempre registrarem os débitos dos clientes no sistema do SCPC da Acib como forma de proteção do varejo local. “Ao registrarmos os devedores, estamos protegendo o comércio em geral, para que a inadimplência não aumente na cidade”, frisou a gerente administrativa de Bastos que também se mostra preocupada com o crescente dos números registrados.
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